O novo marketing pode impactar o setor público?

O novo marketing pode impactar o setor público?

Definitivamente, sim! O novo marketing pode ser ferramenta de transformações profundas.

Já pensou sobre como um storytelling bem feito pode ampliar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos?

Ou como uma comunicação estratégica democratiza a informação e estimula que mais pessoas participem de decisões importantes?

Marketing não é feito apenas pra vender. E quando a gente fala em novo marketing, isso fica ainda mais evidente. Agora, o objetivo principal é estabelecer conexões.

E foi sobre isso que conversamos, em duas ocasiões no último mês de maio, com turmas de futuros gestores. Falamos aos cursos de Administração Pública e Administração de Sistemas e Serviços de Saúde da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).

Novo Marketing - palestra UERGS
Head de Criação e COO da Feito, Andréia Sarmanho é jornalista e especialista em Gestão Pública e Convergência de Mídias

Vale destacar que não é de hoje que esforços de modernização na administração pública se pautam por abordagens do mercado.

Isto é, independente das políticas de gestão dos órgãos públicos. Afinal, em muitos aspectos o mercado oferece soluções eficientes e alinhadas com princípios do setor público. Por exemplo, publicidade e eficiência.

Com o marketing, também é assim.

Ainda é necessário amadurecer reflexões sobre aplicações práticas das transformações em curso. Porém, quando falamos em novo marketing e setor público, existe um match perfeito!

Afinal de contas, o marketing público tem como finalidade o interesse público e coletivo.

Enquanto isso, o novo marketing chama a atenção das marcas para, cada vez mais, estabelecer o foco nas pessoas.

Afinal, o que prega o novo marketing?

Em primeiro lugar, quando falamos em novo marketing, consideramos o contexto de um novo mundo. Esse novo mundo fala de todas essas transformações que nos arrastam a novas experiências no ambiente digital.

Agora pense: há 10 anos atrás, você consideraria colocar todo o seu dinheiro num app de celular?

Ou então, imaginaria passar meses sem tocar numa cédula física de dinheiro, realizando pagamentos apenas aproximando o celular?

Criptoativos, criptoarte, metaverso, tudo isso são expoentes desse novo mundo, altamente tecnológico, em transformação contínua.

Apesar do caráter disruptivo soar bastante utilitarista, as relações humanas também estão no foco. Cada vez mais.

Mas como assim? Com as pessoas cada vez mais apartadas pelas telas?

Na verdade, mais conectadas.

O ambiente digital tem se moldado cada vez mais para proporcionar experiências mais significativas. Seja em relação ao consumo de bens, ativos, pagamento, ou relações interpessoais.

Por exemplo, as possibilidades do metaverso ampliam horizontes muito além do âmbito comercial. Hoje acontecem reuniões, audiências e até casamentos no meio digital.

O meio, portanto, aponta para grandes e constantes transformações. O fim, por outro lado, continua sendo sobre estreitar laços e gerar conexões.

Lean Marketing Podcast Feito

Quando lançamos o primeiro episódio do podcast Lean Marketing, aqui na Feito, falamos sobre isso. Recebemos Paulo Caroli, autor do best seller “Lean Inception – Como alinhar pessoas e construir o produto certo”.

Numa breve, mas assertiva análise sobre o marketing nesse novo mundo, ele elenca quatro pontos:

  • agilidade
  • descentralização
  • colaboratividade
  • diversidade

Ler mais sobre isso clicando aqui

Para o autor, o marketing deve se apropriar destas características do novo mundo. Assim, é possível estabelecer uma dinâmica capaz de fazer com que marcas, de fato, se destaquem.

Com isso, a chave está nas relações humanas.

Pessoas que fazem com que marcas conectem-se a pessoas.

Como aplicar isso ao setor público

Ágil? Descentralizado?

Muitas vezes a realidade de uma organização pública não oferece uma estrutura compatível com essas características.

Mas esses pilares podem pautar a abordagem de marketing das instituições. Isto é, quando elas conseguem se conectar a algo essencial: sua finalidade, sua razão de ser.

Além disso, outro ponto a superar é a visão de que o marketing seja mera ferramenta de monetização ou propaganda. Na realidade, ele é essencial à melhor experiência do usuário, inclusive nos serviços públicos.

A primeira barreira, portanto, ainda é o mindset. Ou seja, o conjunto de percepções e crenças que norteiam as ações na organização.

O marketing no setor público deve, de fato, ter o cidadão no centro da estratégia. Nesse sentido, a transformação que nos aguarda será algo sem precedentes. O puro suco da inovação social.

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